HELL


Baseada no Best-seller de Lolita Pille a peça tem direção de Hector Babenco e elenco de Barbara Paz e Ricardo Tozzi.
Lotita Pille escreveu o livro com 21 anos, isto em 2003, o livro é um misto de romance e relato confessional. A protagonista é um alter ego da autora, despreza os que não pertencem ao seu meio e faz sexo como quem troca de roupa.

Escrito na primeira pessoa, o livro é quase que totalmente autobiográfico. Ele descreve o dia a dia de pessoas como ela: milionárias, que gastam em uma noite o equivalente ao salário de grande parte das pessoas da classe média, que julgam seus semelhantes apenas e tão somente pelas grifes que ostentam que não têm outro objetivo na vida senão se divertir muito com muito sexo, muita cocaína, muito álcool.
Foi Barbara que entregou para Hector Babenco o livro que então teve a idéia de transformá-lo em peça de teatro, a primeira montagem da peça no mundo, para isto teve a colaboração de Marco Antônio Braz, concentrando a dramaturgia em dois personagens: Hell, a protagonista interpretada por Bárbara Paz, e Andrea, o homem que ama vivido por Ricardo Tozzi.
Hell pode lhe dar duas escolhas a de ser fascinante e provocador, desabusado e lúcido, ou te fazer permanecer indiferente diante da hipocrisia dos personagens. Talvez o segredo de seu impacto esteja no fato de que, por trás da irritante exaltação do meio que frequenta, Lolita o denuncia da forma mais dura possível. Quando faz um aborto, ela adquire uma consciência amarga da vacuidade da sua existência. É então que a autora desvenda sem hipocrisia o mundinho fútil dos muito ricos, o lado sombrio da juventude dourada. Seu único credo é que seja bela e consumista.
A adaptação concentra a ação da peça na trágica história de amor vivida pela protagonista e Andrea – um jovem tão rico e tão imerso no desespero quanto ela.
A experimentação de um afeto verdadeiro assim como uma total inabilidade para se lidar com ele constituem o fio narrativo principal da transposição para a cena desse romance.
Na equipe de criação da montagem, Giovanni Bianco, o diretor de arte de renome internacional, assina a concepção de imagem (figurinos, visagismo, design); Murilo Hauser é o co-diretor, Felipe Tassara fez a cenografia e Beto Bruel é o responsável pela iluminação. Direção de produção de Edinho Rodrigues e Elza Costa.
Roteiro bem estruturado, cenário funcional, iluminação apropriada e no palco uma explosão de interpretação e dramaticidade. Barbara se sai muito bem, apesar de nos dar a sensação de já termos vistos aquilo com ela mesma em outro lugar, mas se apresenta de forma segura, inteira e magistralmente competente. Bárbara toma a forma de Hell por completo em toda sua inquietude e desequilíbrio, Ricardo faz seu papel sem grandes surpresas, mas na medida certa.
Hell poderia se passar em qualquer grande cidade do mundo, pois espelha os valores e o comportamento de uma classe que, sem encontrar limites para o prazer, vive o angustiante vazio do excesso.


Local: Teatro do Sesi São Paulo
Endereço: Av. Paulista, 1313 - Bela Vista - Metrô Trianon-Masp, Capital
Temporada: de 7/10 a 19/12/2010 – de quinta-feira a domingo, às 20h
Entrada: Franca às quintas e sextas-feiras* | Sábados e domingos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Recomendação etária: Não recomendado para menores de 16 anos.
Informações: - (11) 3146-7405 / 7406
Agendamento de escolas e de indústrias: segunda a sexta, das 10h às 13h e das 14h às 17h pelo tel. (11) 3146-7396 / 7439

* Nos dias gratuitos, a distribuição dos ingressos tem início a partir da abertura da bilheteria no mesmo dia do evento. Horário de funcionamento da bilheteria: de quarta-feira a sábado, das 12h às 20h30; domingo, das 11h às 19h30. São distribuídos dois ingressos por pessoa.

**Vendas na bilheteria do teatro ou pela Tickets For Fun

Comentários

Postagens mais visitadas