E NA LUTA CONTRA A AIDS

Em outubro de 1987, a Assembléia Mundial de Saúde decidiu, com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids. O objetivo deste dia é estabelecer o entrelaçamento de comunicação, promover troca de informações e experiências e de criar um espírito de tolerância social.

O Dia Mundial da Luta Contra a Aids dá a ocasião de se falar da infecção por HIV e da Aids, de se ocupar das pessoas infectadas pelo HIV e das doenças da Aids, e de se saber mais sobre esta doença.

A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas e no Brasil foi adotada a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde.

E o laço vermelho?

O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a Aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte de Nova York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de Aids.

Por sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, o laço vermelho foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo. O ator Jeremy Irons usou o laço pela primeira vez, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991. Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda.

Por sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse seu significado. Mas, ao contrário disso, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a Aids, reforçando a necessidade de ações, pesquisas e, principalmente, de solidariedade aos que convivem com o HIV/Aids.

Mulheres, meninas, HIV e Aids

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) instituiu, como foco central para a mobilização do Dia Mundial de 2004, as mulheres de todas as idades. Quase metade das pessoas que vivem com HIV/aids no mundo são do sexo feminino. Esse foi o motivo da escolha do foco da campanha este ano.

No Brasil, a situação não é muito diferente. No período inicial da epidemia, para cada caso de Aids em mulher, foram registrados 16 casos em homens. Atualmente, esta razão já está em 2 casos em homens para cada caso em mulher.

FONTE: Ministério da Saúde
www.aids.gov.br

PESQUISA BUSCA VOLUNTÁRIOS
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) está buscando voluntários para participar de uma pesquisa que pretende desenvolver um medicamento capaz de impedir o contágio pelo vírus HIV, a iPrex iniciativa Profilaxia Pré-Exposição. A pesquisa vem sendo desenvolvida já há um ano e meio e pretende reunir 200 voluntários, sendo que o número até agora passou pouco dos 40 interessados. Os voluntários devem ser maiores de 18 anos, não podem ser soropositivos e de preferência ter uma vida sexual bem ativa. A pesquisa é mundial e vai reunir 3 mil voluntários em 11 países do mundo.

Essa nova técnica de prevenção é baseada no comportamento de pessoas que constantemente se expõe ao vírus HIV, como as populações mais vulneráveis às DSTs - profissionais do sexo, travestis e transexuais. Como algumas buscam a profilaxia pós-exposição (tratamento feito com antiretrovirais quando acidentalmente a pessoa é exposta ao vírus) muitas vezes, os pesquisadores observaram que seria mais produtivo fazer uma profilaxia pré-exposição.

Com os dados de que o índice de contágio é de 3% ao ano entre essas populações, os pesquisadores vão acompanhar os voluntários durante 12 meses ministrando a medicação. Metade dos participantes, 100 pessoas, vai tomar um placebo em vez do medicamento. Em um ano, os resultados serão analisados para se ter certeza se realmente o comprimido é eficaz e evitou o contágio. Mas a equipe lembra sempre que a camisinha nunca deve ser esquecida nas relações sexuais, inclusive por quem está tomando o remédio.

ParticipAÇÃO
Para participar, o interessado pode entrar no site do programa de pesquisa ou ligar para (11) 2778-3040. As visitas rolam de segunda à sexta-feira, das 8 às 17h, e são agendadas (terça pela noite também). Durante elas é feita uma triagem para selecionar os participantes. Além disso, a equipe de pesquisa também tem feito trabalhos em campo, abordando principalmente essas populações mais vulneráveis. “O mais importante é a pessoa saber que não estamos aqui para julgar ninguém por suas escolhas”, ressalta Flávia Pennachin, psicóloga responsável pelo acompanhamento dos voluntários.

Depois de escolhido, o sangue do voluntário é testado e ele começa a tomar uma vez por dia um comprimido complementar da prevenção que é a combinação de dois medicamentos usados no coquetel de tratamento da Aids, a Entrecetabina e o Tenofovir. “Escolhemos os dois porque são fáceis a de serem tomados e têm pouco efeito colateral. Já foram testados em macacos e o resultado foi de 100% de prevenção”, esclarece o coordenador do estudo, o infectologista Esper Kalllas.

Os testes já começaram há cerca de três meses e até agora a equipe não registrou nenhum efeito colateral nos participantes que pudesse interromper o estudo. A participação não é remunerada (isso é proibido por lei no Brasil) e é calcada no altruísmo, na vontade de dispensar um pouco de seu tempo para tentar salvar 700 mil pessoas, só no Brasil, que vivem com HIV atualmente.

Dúvidas
As dúvidas mais frequentes com relação a essa participação é com o sigilo. Quem participa não tem seu nome divulgado, se necessitar de um atestado médico a causa principal não aparece no documento e o frasco do remédio que ele vai levar para casa não tem indicações explícitas do que se trata, vem apenas com o nome da pessoa. É muito bom deixar claro também que o comprimido não contém o vírus HIV, pelo contrário, o estudo só pode ser feito em pessoas de sorologia negativa, quem participa em momento algum corre o risco, pelo menos na pesquisa, de ser infectado.
ARTE

O artista plástico Vik Muniz pretende reunir 600 pessoas em um ginásio de esportes de Guarulhos para criar uma obra de arte tendo como tema central a Aids.
Muniz costuma criar obras enormes usando soldados de brinquedo, cristais, areia colorida e sucata. Depois de criar uma imagem usando esses objetos, ele fotografa e esse registro vira a obra de arte em si. É a primeira vez que Muniz usa pessoas como objeto.

A primeira aparição desta obra sobre HIV/Aids será em 1o. de dezembro. Várias ONGs estão envolvidas no projeto.

Coordenação Municipal de DST/Aids de Guarulhos
Simone Miranda de Mendonça
Tels.: (11) 2472-5073 e (11) 2472-5074

CRT DST/Aids
Maria Clara Gianna
Tel.: (11) 5087-9835

Coordenação Municipal de DST/Aids de São Paulo
Maria Cristina Abbate
Tels.: (11) 3397-2191, (11) 3397-2202, (11) 3120-2434, (11) 3120-2207

Coordenação Municipal de DST/Aids de Santo André
Ana Aparecida Chong
Tels.: (11) 4427-6110, (11) 4992-7433, (11) 4992-8256

Coordenação Municipal de DST/Aids de São Bernardo do Campo
Mariliza Henrique da Silva
Tels.: (11) 4126-9800, (11) 4125-5883, (11) 4126-9800

Coordenação Municipal de DST/Aids de São Caetano
Lucy Cavalcanti Ramos
Tels.: (11) 4229-3020, (11) 4229-0255

Coordenação Municipal de DST/Aids de Diadema
Tânia Da Costa
Tels.: (11) 4053-5300, (11) 4044-9285, (11) 4053-5301

Coordenação Municipal de DST/Aids de Osasco
José Marcos Pereira Costa
Tel.: (11) 3699-8925, (11) 3699-8972

Fórum Ongs-SP
Rodrigo Pinheiro
Tel.: (11) 3334-0704

RNP - Campinas
Lino Vendito
Tel.: (19) 3386-4613

Cidadãs Positivas
Adriana Aros
Tel.: (11) 4184-4823

Instituto Vida Nova - SP
Américo Nunes
Tel.: (11) 2297-1516

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